Projeto Valorizando a Vida: Nossa Terra, Nossa Gente, Nosso Jeito

PROJETO VALORIZANDO A VIDA:

NOSSA TERRA, NOSSA GENTE, NOSSO JEITO

E.E.B.M. Prefeito Luiz de Pelegrini – Sapiranga

A escola, como mediadora do conhecimento e preocupada com o ambiente da sua comunidade, sentiu a necessidade de orientar os alunos, em sua grande maioria filhos e netos de agricultores da comunidade, sobre a importância da conservação do meio ambiente para a continuidade da exploração sustentável e de seu sustento.

Assim surge a idéia, no ano de 2014, de visitar a casa dos alunos, dando continuidade à parceria do Projeto Verde é Vida com a nossa escola, desenvolvendo uma educação voltada para a realidade dos alunos, focando em uma educação socioambiental rural, tendo como parceiros a escola, a família do aluno e a comunidade. Levamos para as nossas visitas o folder da Família, juntamente com o diagnóstico da propriedade, fornecidos pelo projeto Verde é Vida, no qual os pais responderam e enviaram a escola para posterior diagnóstico

 Dessa forma, os professores conhecem as diferentes realidades vividas pelos estudantes e desenvolvem junto às famílias planos pedagógicos para a educação das crianças.“Com as visitas, os profissionais procuraram identificar no ambiente familiar as raízes das dificuldades de aprendizagem de cada aluno. Além disso, eles compreenderam as condições de vida de cada família e para conseguirem ajustar as metodologias educacionais a cada realidade”.

Mais do que ampliar o relacionamento da escola com a família e a comunidade e proporcionar uma educação de qualidade, o projeto consegue estabelecer um forte vínculo com os alunos e aumenta a participação dos pais no processo educativo.

“Acho o projeto muito bom para integrar a família e a escola”, uma mãe nos fala em uma das visitas”.Os professores são recebidos pelas famílias sempre com muito carinho. Muitas mães preparam bolos, separam fotos da criança, servem um delicioso lanche. O objetivo da visita é estabelecer um vínculo entre família e escola, com o intuito de olhar para a nossa realidade e buscar caminhos para atender às necessidades pedagógicas e de relacionamento da nossa comunidade escolar.  Para isso, os professores visitadores criam um clima informal na casa dos alunos, não levam pranchetas, fazendo anotações. A ideia não é realizar uma pesquisa, ou uma análise, e sim uma conversa. A visita oportunizou a descoberta de pais que tem como hobby a confecção de artesanatos mostrando a realidade da comunidade; artesanato de raiz.

Os professores organizam as visitas a partir de um pré-diagnóstico de cada aluno, levando em conta hábitos escolares, atitudes em sala de aula, frequência, habilidades e dificuldades, para elaborarem um plano pedagógico que desenvolva as potencialidades da criança; a participação de pais e familiares nos afazeres do cotidiano escolar da criança; as condições de moradia que afetam os progressos na aprendizagem, como a falta de local para realização de tarefas; a ausência dos pais no cotidiano das crianças; a pouca orientação para administração do tempo; os hábitos, a saúde e o bem-estar físico e emocional da família. Todas essas foram questões levantadas durante as visitas realizadas.

As visitas foram agendadas e realizadas em dia letivo,sendo que os alunos não vêm à escola e sim; os professores que vão até eles. Desde que aconteceram estas visitas, o relacionamento entre alunos e professores melhorou muito, ambos se sentem mais importantes no processo educativo.

Nosso projeto foi reconhecido no estado pela RBS TV que o apresentou com o nome “FAÇA A SUA PARTE”.

Não terminamos as visitas, pois são mais de (270) alunos e muitas comunidades são distantes da escola e algumas famílias não estavam em casa. Pretendemos continuar neste ano de 2015 e por muitos anos ainda, até conseguir atingir 100% das crianças. A alegria que cada profissional de nossa escola teve nestas visitas não tem preço. Na espera no portão, na mostra da casa mesmo sendo muito simples, no jardim florido, na horta farta, no sorriso de cada aluno se sentindo valorizado independente de sua condição. Não importa o quão simples é o nosso lar, mas quando mostramos aos nossos pequenos que a escola valoriza o ser humano em sua totalidade, não poderíamos deixar de fora o lugar de seu convívio. Sendo que a comunidade é a extensão de nossa escola e quanto mais contato tivermos, mas teremos a confiança de nossos alunos e nossas famílias, facilitando assim nosso trabalho pedagógico.

             “Se a parceria entre a Família e a Escola se formar desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a lucrar. A criança que estiver bem vai melhorar ainda mais, e aquela que tiver problemas receberá a ajuda tanto na escola quanto dos pais.” Içami Tiba – 2007 – “Quem ama educa”.